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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Um Exemplo da Imprensa Brasileira

O Post abaixo foi publicado no Blog do Noblat e assinado pelo próprio. Não vale a pena nem fazer comentários. Quem quiser acessar o blog, clique aqui. Se navegar por ele, verá os paradoxos e as contradições deste nobre jornalista. Ele chama de imparcialidade. Ainda bem!

"Este blog está com Renan e não abre - por Ricardo Noblat - 13.9.2007 - 14h28m

"Escrevi aqui na útima segunda-feira:

"Sem essa de o Senado absolver Renan em troca da garantia de que ele renunciará à presidência e entrará logo de férias. Trata-se de manobra indecorosa urdida pelo governo. A consumar-se, produziria um retumbante escândalo capaz de enterrar de vez a reputação do Senado. Renan e o governo escapariam sem maiores arranhões. O governo porque negaria de joelhos o patrocínio de tamanha sordidez. Renan porque carece de pele para ser lanhado. É uma chaga só. Se preservasse o mandato, sairia no lucro. Cabe ao Senado condenar ou absolver Renan – e mais nada".

O Senado absolveu. Renan está no seu direito de continuar exercendo a presidência para a qual foi eleito em fevereiro último. O mandato é de dois anos. E se ele não for atropelado por alguma condenação, deverá cumpri-lo em respeito à vontade dos que o elegeram. De resto, Renan é tudo menos bobo. Conseguiu se manter no cargo porque não teve o mínimo pudor de usar a força que ele confere a seu ocupante para prestar favores a servos fiéis, ameaçar com o corte de privilégios e interpretar o regimento interno do Senado a seu gosto.

Irá abdicar de tais condições quando terá ainda de responder a mais dois ou três processos por quebra de decoro? Seria suicídio. Não o fará. A maioria dos senadores votou, ontem, pela prorrogação da crise. Foi ajudada pelo governo que prefere um aliado morto-vivo na presidência do Senado do que simplesmente um aliado - e menos ainda com prestígio lá dentro e cá fora. Portanto, suportem as consequências de seus atos. Toda a força a Renan. E até breve quando o Conselho de Ética do Senado começará a julgá-lo novamente".


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